sábado, 30 de maio de 2009

Do livro de anotações do Gepetto


E quando quem mente para você, está mais perto do que imagina? É fácil aceitar (entre aspas, crianças), que o cara que aparece na TV dizendo que seu salário vai aumentar e até vai dar pra comprar pão, mente... Mas se o cara de pau, for seu melhor amigo?
A última mentira que ouvi (modo de dizer, não ouvi, eu li) foi mais ou menos assim: “ Acho que tem vírus no meu MSN... ” isso depois de eu comentar que havia duas mulheres paquerando meu ex-ficante e amigo.
O cara trocou de MSN e continua a receber mensagens do tipo:

BB... Adorei estar com você!!! Merecemos mais... rsrs. Bjusss

Que vírus mais carinhoso!

Gargalhadas à parte, não minta, nem se dever algo importante, como satisfação para alguém! E nunca, nunca minta para um amigo... É mais difícil de perdoar o Pinóquio ao lado do que o Pinóquio televisivo.
E é muito mais legal ser ex ficante que ex amigo!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

mr right

"Que desapontamento, pensei. Por um momento, pensei que ele fosse agir de maneira imatura e infantil. Ora, não importa. Haverá sempre outra oportunidade." mk

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Do fato de eu não ter disciplina

A primeira pessoa do singular do imperativo não existe, pois ninguém dá ordem a si mesmo.

ronronantes dias de sol

Um gato se faz líquido no quintal
Preguiçoso, olha os pássaros
Não se move
Tem sua própria hora
Relógio cárdio-respiratório-solar
Queria ser líquida
Como gatos ao sol

Capítulo sobre as coisas que a gente deixa para trás

Por mais que a gente sofra e pense no fim do mundo, apocalipse coisa e tal... Taí, é de manhã de novo e você está com olheiras e a cara amassada. Ressaca? Só se você achar que é bastante fraco e só pode passar pelos espinhos entorpecido.
Coragem, força, determinação, esperança...
É o que desejo aos que tiveram o coração partido um dia...
E aconteça o que acontecer, nunca, nunca mesmo, termine a noite ouvindo These eyes do The Guess Who... só vai piorar!

domingo, 24 de maio de 2009

Era um domingão...

Ok, continuando de onde parei. Ou de onde devia ter começado, do meu cotidiano.
Hoje o Cael mordeu meu pulso. Queria brincar de caçar. Ou foi isso o que concluí depois de assistir o tal veterinário e gato que também faz terapia com os bichinhos. Pulso arranhado, mas ainda viva, e isso também depois de uma caipirinha com gosto de óleo diesel. Urgh.
É mais fácil começar falando do que eu não fiz... dá mais assunto! Tenho uma blusa para tricotar, um tapete pra tricotar, e antes que pense que sou a minha própria avó, tenho uns dois ou três relacionamentos pra passar a limpo. Amanhã eu penso nisso, amiga Scarlett.
Melhor não, amanhã eu tenho prova e intelectualizar qualquer coisa depois de 5 longas horas pensando fica difícil!
Houve uma vez, em que eu e uma irmã fomos prestar Fuvest... ainda bem que foi na mesma escola e que a dita estava dirigindo! Depois de sairmos nos encontramos no corredor, cada uma em seu extremo (do corredor, não do nosso ataque de nervos), e não nos enxergamos! Parecíamos dois pistoleiros míopes olhando e franzindo todo o rosto pra ver se o inimigo estava lá mesmo ou era apenas o relógio da praça. Tsc tsc. Bons tempos aqueles. É claro que não passei no vestibular, nem naquele, nem em nenhum outro da supracitada fundação. (urgh).
Sobrevivi.
Sobreviventes são os moradores do centro velho de Sampa... Quanto lixo nas ruas! Mas os prédios são lindos. E o mendigo que me chamou de menina simpática também! RS. Facinha, facinha.
E minha vontade de não pensar em nada continua... Apesar de ter me perdido ao voltar da #$@&&* prova, encontrei duas mulheres simpáticas e viemos conversando até chegar na Estação da Luz (isso depois de eu tentar entrar na estação de metrô com o bilhete do trem... sabia que tinha algo errado!)
Vou dormir. Quem sabe não acordo menos distraída amanhã? Só vou deixar uma poesia antiga, que vira-e-mexe se torna recente.

Urgência

Quem pode dizer
o que passa pela cabeça?
Quantos novelos
Quantas cores
A desenrolar?
Se existem pontas
Quem dirá?
Mas diga rápido
Que me mata
O tardar
E tenho duvidas
Uma, duas, cem!
Sobre a cachola
E se nela há
No ou nós também!

sábado, 23 de maio de 2009

Corcovar é preciso...

Pois bem, eu começo com uma descoberta: finalmente encontrei o ponto de interrogação do meu computador! Incrível como isso é bom! Nunca imaginei que fosse me sentir tão pequena por ter um ponto doido, trazido de algum lugar em que se fala espanhol e não traduz o que penso. Quero um ponto correto, se tenho uma dúvida, ela é uma dúvida certa, não uma dúvida inclinada, de cabeça pra baixo, se equilibrando na minha frase inquisitória! ¿ ?
Eu passei uma semana difícil, tentando explicitar o limite entre minha manha, minha carência, e a minha necessidade de decidir o que faz realmente sentido. E não vou entrar na discussão de que nem eu mesma faço sentido, senão levo mais tempo em análise do que no meu relato.
Fato: ninguém deve ficar onde não é o seu lugar, roubando a frase do tal do Dylan, e colocando minha vida em poucas palavras. Lugares errados. Tenho a impressão de que, ou peguei o caminho mais curto e por isso mais fadado a um fim tipo Lobo Mau, ou peguei o caminho certo, tortuoso e longo que me levará ao paraíso.
Imagem: sem nem um vislumbre do paraíso, minha viagem tortuosa, longa e certa fica meio árdua! Conclusão: se estou no caminho árduo, longo, certo e tortuoso, ele me mostra uma ou outra flor para que eu não sinta tanto a feiúra de algumas coisas, e quando as flores demoram mais do que o normal para aparecer, ou quando eu fico tempo demais prestando atenção em verrugas, lodo e buracos, acabo achando que o tal do paraíso não está nem de perto na próxima esquina!
E digo mais, continuando minha visualização multicolorida, nesse meu caminho apareceram armadilhas, alçapões e encruzilhadas, e isso tudo levou alguns de meus acompanhantes. Um ou outro voltou, e novos se juntaram. Mas, como é um caminho tortuoso e cheio de adjetivos feios, é preciso uns passinhos pra gente chegar à conclusão de que a figura ao lado quer ficar mesmo ao lado, e não à frente ou atrás com uma faca...
Acontece de a gente vislumbrar algo lindo, sair correndo, e descobrir que o que brilhava tanto era um corpo de cobra e não olhos de gato. E também acontece de a cócega que assusta não ser um inseto hematófago (aula de biologia é cultura), e sim, um rabo peludo de um gatinho que adota você como caminhante companheiro da tortuosa estrada longa.
Se dou uns passinhos e olho meu esboço, percebo que não sei reclamar. E que não quero aprender.
E se me permite incluí-lo no devaneio, você meio que desapareceu no meio do diálogo, me deixou pensando sozinha. E não se esqueça de que esse é o MEU devaneio, não o SEU. Não sei qual filósofo disse um dia que nós viemos de um único ser, de uma bolotinha qualquer que ainda luta para ser inteira, o que explicaria toda a nossa angústia de ter companhia. E de questionar se nada se perdeu ao juntar as partes, como no caso da xícara quebrada que mesmo colada, deixa de ser a mesma xícara inteira... sem energia de ligação não se faz uma xícara nem com mil pedaços!
Não se esforce, caro Dromedário, se porventura não entender um pixel dessa tela. Eu também não sei escrever o que penso... Sempre quis um cabo que ligasse minha mente a outra mente. Ou a um tradutor. Mas tenho aprendido a viver sem fios. E a dizer quando não me expresso e a não me expressar quando digo. Se é que isso tudo faz algum sentido. Ou rima.
Minha intenção era concluir. Um the end simples, americanizado. Bem diferente do meu enredo francês.
E fico feliz que tenha ido recuperar sua corcova em um oásis que só você vislumbrou. Mesmo, mesmo. Espero que quando voltar, me traga imagens desse lugar, que possam ser transcritas em palavras e gestos. Um toque italiano para o meu mundo eclético.
Ir, voltar, longe, perto... metafísicas!
E quando eu apertar finalmente a tecla ENVIAR, vai ser com a condição de não me perguntar o que eu quis dizer, porque o que eu quis dizer, está dito... Com ou sem querer. Acho.
E se realmente preferir uma carta do tipo: quando vai adotar seu gato? Quando vou ver vc tocar? Que ótimos conselhos me deu! Tenha um bom dia!!!! ... Desista. Daqui saem parábolas sobre caminhos arduamente longos e tortuosos, e ás vezes áridos de deixar qualquer corcovado à procura de um laguinho azul! E sobre flores e gatos e gestos e palavras sobre companhia que fazem a trovadora se sentir tocada...
È isso.
-Fin-